Público prestigia “Circuito Sesc de Artes” em Itu
sexta-feira, 27 de abril de 2012A cidade de Itu recebeu mais uma vez o Circuito Sesc de Artes, que atraiu o público para a Praça da Independência (Largo do Carmo), no dia 22 de abril.
O Circuito tem cerca de 230 artistas e 52 atividades divididas em sete roteiros simultâneos e gratuitos que passam por 88 cidades do interior, litoral e grande São Paulo entre 17 de abril e 06 de maio. Praças, parques, teatros e outros espaços são ocupados como ponto de encontro de gerações, com o intuito de quebrar a rotina no cotidiano das cidades.
Uma das atrações que a população pôde conferir foi o Gran Circo Internazionale, espetáculo que mostra a vida de dois amigos, Napolino e Bisgoio, que são um tanto quanto diferentes e que sonham em ser grandes artistas. O espetáculo é encenado pelo Grupo Zibaldoni, que apresenta números de destreza e coragem, além de desafiar a lei da natureza e se misturar com o público, fazendo da apresentação um encontro poético.
O público pôde participar ainda da oficina de Bebês Abayomi, ministrada por Lena Martins. A técnica se resume em produzir bonecas com estética afro-brasileira, feitas com materiais reaproveitados, retalhos de tecidos e malhas, sem uso de cola, costura ou qualquer estrutura rígida interna.
Esse projeto tem como objetivo desenvolver a expressão criativa, a capacidade de cooperação por meio de práticas lúdicas que estimulam a consciência, a interação em grupo, a responsabilidade social e a identidade afro-brasileira.
Outra atração do Circuito Sesc de Artes foi a apresentação Audio Ballerinas, pelo Die Audio Gruppe. As bailarinas apresentam performances baseadas em quatro distintas coreografias, adaptações que levam em consideração as características dos diferentes espaços de circulação do público, que se surpreendeu com o figurino, que é composto por roupas cheias de botões, caixas de som, cabos e conectores.
Também na tarde de domingo, o Grupo de Dança Primeiro Ato apresentou o espetáculo “Pequenos Atos de Rua”, inspirado em contos e no realismo fantástico. Com oito bailarinos, o objetivo é o de aproximar o público na identificação e na evidência dos movimentos. Nos espaços públicos das cidades, o cotidiano torna-se matéria prima para quadros que se movem e transformam o cenário urbano em ambientes de sonho e possibilidades.
A banda paulistana “Os Opalas”, formada em 2006, também se apresentou e contou com a participação do rapper Max B.O.. O grupo possui um repertório voltado para música brasileira dançante, com influências da vanguarda do samba-rock e da música negra americana, como o soul, o funk e o hip hop, que são reproduzidas em canções autorais e releituras de sucessos.
Houve ainda encenação de “O Doente Imaginário”, pela Cia. do Miolo. Inspirado na obra de Molière, o espetáculo se inicia onde o dramaturgo a terminou: na morte do Barão. A companhia inverte a narrativa e utiliza os elementos da rua e do público como parte da história, que começa quando o público defronta-se com um cortejo. A família triste segue seu caminho durante a procissão do enterro do patriarca Barão Argan. Mas nem tudo está claro, pois o Barão foi traído e ninguém sabe de quem é a culpa.
Os personagens então reconstroem os últimos passos do falecido, convidando o público a encontrar o culpado. Para isso, cada um se fantasia de barão e conta a história pelo seu ponto de vista. Mentiras, intrigas, desejos de poder, dissimulação e ganância reafirmam a atualidade do texto francês.
Fonte: Portal de Itu